terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Perto da Amada (Nähe des Geliebten)

Penso em ti, quando o brilho do sol se me
Irradia no mar;
Penso em ti, quando o reflexo da lua se
Desenha na fonte.

Vejo-te, quando no caminho distante
A poeira se eleva;
Na noite profunda, quando na ponte estreita
O viajante estremece.

Ouço-te, quando com surdo marulho
A onda se alça.
Ao bosque sereno costumo ir para escutar
Quando tudo silencia.

Estou contigo, ainda que estejas tão longe,
Estás perto de mim!
O sol imerge, logo hão-de brilhar-me estrelas.
Ah, se estivesses aqui!

Johann Wolfgang von Goethe, 1795.
 



Ich denke Dein, wenn mir der Sonne Schimmer
Vom Meere strahlt;
Ich denke dein, wenn sich des Mondes Flimmer
In Quellen malt.

Ich sehe dich, wenn auf dem fernen Wege
Der Staub sich hebt;
In tiefer Nacht, wenn auf dem schmalen Stege
Der Wandrer bebt.

Ich höre dich, wenn dort mit dumpfem Rauschen
Die Welle steigt.
Im stillen Haine geh ich oft zu lauschen,
Wenn alles schweigt.

Ich bin bei dir, du seist auch noch so ferne,
Du bist mir nah!
Die Sonne sinkt, bald leuchten mir die Sterne.
O wärst du da!

Johann Wolfgang von Goethe, 1795.
Poema de 4 estrofes que mais tarde recebeu a melodia de Schubert: D. 162, Op. 5, N. 2.

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